Pontos de alagamento crescem 26% em dois anos e Campinas cita 'ações dos temporais' como justificativa; veja locais

  • 29/10/2024
(Foto: Reprodução)
Mapeamento da Emdec e Defesa Civil mostra 43 pontos de alagamentos, nove a mais do que o registrado em 2022. Durante temporal de quinta (24), cidade registrou estragos com enxurradas e duas mortes. Placa com alerta sobre ponto de alagamento em Campinas Edvaldo de Souza/EPTV Um mapeamento da Defesa Civil e da Emdec apontou áreas de Campinas (SP) que costumam registrar alagamentos e devem ser evitadas em dias de chuva forte e temporal. E houve aumento de 26,4% nos locais de risco nos últimos dois anos. Ao todo, 43 pontos receberam sinalização de orientação para motoristas e pedestres - veja a lista abaixo. Em 2022, a cidade havia sinalizado 34 locais. Segundo a administração, o aumento ocorre por mudanças na estrutura das vias e em características locais, inclusive pela "ação de temporais". "Desse modo, é normal que essa quantidade de pontos seja dinâmica. Esse mapeamento ocorre em função das ocorrências de chuva com alagamento, atendidas em campo e por meio das observações dos agentes da Mobilidade Urbana", informa, em nota. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Na última quinta-feira (24) o temporal de 120 milímetros que atingiu Campinas provocou a morte de dois jovens levados em enxurradas, interditou vias e afetou o funcionamento de escolas, hospitais e postos de saúde Locais de risco Segundo o levantamento, oito dos 43 pontos mapeados são considerados os mais críticos. São eles: Av. Orosimbo Maia x Av. Dona Libânia Av. Orosimbo Maia x Av. Brasil/R. Santa Cruz Av. Orosimbo Maia (entre R. Dr. Carlos Guimarães/R. Paula Bueno e R. Rafael Sampaio) Kartódromo x Av. Dr. Heitor Penteado Av. Heitor Penteado Int. entre Av Almeida Garret até balão 4º DP Região do Curtume - Av. Sylvio Moro e Av. Dr. Carlos de Campos Av. Prefeito Magalhães Teixeira sob o viaduto da Av. Prestes Maia Av. Princesa D'Oeste x Av. Dr. Antônio Carlos Sales Jr. Foi em um desses pontos críticos, na Av. Sylvio Moro, na região do Curtume, que a jovem Sara Gabrielli de Souza Silva, de 18 anos, foi arrastada pela força das águas em uma enxurrada. O corpo dela foi encontrado no Rio Capivari, na região do Jardim Campina Grande, a cerca de 18 km do local do desaparecimento. Já o corpo de Jair Samuel da Silva Oliveira Marques, de 22 anos, que desapareceu durante a enxurrada na rua Ademar Pereiro de Barros, na Vila Formosa, foi encontrado no dia seguinte ao temporal. Mulher é arrastada pela enxurrada durante temporal em Campinas Outros pontos com risco mapeados Av. Pref. José N. L. Maselli x R. Côn. Cipião Av. Anchieta (entre R. Gal. Osório e Av. Benjamin Constant) Av. Orosimbo Maia x R. Delfino Cintra Av. Orosimbo Maia x Av. Francisco Glicério R. Álvaro Muller (entre R. Barata Ribeiro e R. Sacramento) R. Visconde de Taunay x R. Coelho Neto Av. Orosimbo Maia x R. Coronel Quirino Av. Barão de Itapura x Av. Brasil Av. Dr. Moraes Sales x Viaduto SP Av. Rosa Belloto Grandex R. Contabilistas (próximo Av. José de Souza Campos) Av. Mons. Jerônimo Baggiox Av. Dr. Heitor Penteado Av. Dr. Heitor Penteado x Av. Barão de Itapura Av. Júlio Prestes (sentido Guarani/Taquaral) próximo Av. Dr. Heitor Penteado Av. Theodureto de Almeida Camargo (sentido Taquaral/centro, após Bambini) Av. Lix da Cunha sob viaduto Pça. João dos S. Teixeira Estrada da Rhodia x R. Dr. Alcindo Soares Av. das Amoreiras (entre R. Dr. Alves do Banho e R. Guararema) Av. das Amoreiras x R. Jacy Teixeira de Camargo R. Padre Donizete Tavares de Lima x R. Laranjal Paulista Av. John Boyd Dunlop (sob Viaduto Perimetral BRT) Av. John Boyd Dunlop (sob Viaduto Rod. Anhanguera) Av. John Boyd Dunlop (sentido Centro/Bairro) x R. Ivo Cipriano Av. Ruy Rodrigues (sentido Centro/Bairro), posterior ao viaduto da Rod. dos Bandeirantes Av. Ruy Rodrigues, próximo a Av. Itacuruçá R. João Caboclo da Silva x R. 9 Rua João Caboclo da Silva, aproximação da Rua Yves Montand Av. Ruy Rodrigues x Rua Rachel Grimaldi Benites de Cará Av. Camucim xR. Georg Wilhelm Friederich Hegel Rod. Heitor Penteado x R. Jean Mermoz R. Buriti x R. Antônio Roge Ferreira Av. Dr. Jesuino Marcondes Machado x R. Piquete Av. José de Souza Campos x Av. Orosimbo Maia R. Ernani Pereira Lopes x R. João Rodolfo Forster R. Arlindo Carpinox Rua Leonardo da Vinci R. Maneco Rosa x Av. Isabelita Vieira A Defesa Civil de Campinas divulgou orientações sobre o que fazer no caso de inundações. "A população deve ficar alerta pois elevação do nível da água ocorre rapidamente, e não deve ser arriscar! Deve procurar um terreno ou andar de prédio mais alto e aguardar o temporal passar e a água baixar. O cidadão jamais deve andar ou dirigir em áreas de inundação. Entrar nas águas pode resultar em ferimentos ou morte". O que fazer? A Defesa Civil de Campinas dividiu as orientações sobre o que fazer antes, durante e depois das inundações. O que fazer antes: É importante ter definido um lugar seguro onde você e sua família possam se abrigar; Coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos bem fechados e em local protegido; Ao sinal de inundação, deixe móveis, eletrodomésticos, produtos de limpeza e alimentos fora do alcance da água; Desconecte os aparelhos elétricos da tomada; Feche portas e janelas da casa caso seja necessário o abandono, para evitar a entrada de escombros e de animais peçonhentos; Ao evacuar uma residência, feche os registros de gás e água e, se possível, acione a companhia elétrica para desligar a luz do local; Lembre-se de garantir a segurança também dos animais de estimação. O que fazer durante: Proteja a sua vida, a de seus familiares e amigos indo para um terreno ou um andar mais alto; Evite contato com águas de inundação para não contrair doenças; Não cruze pontes, ruas ou avenidas alagadas. Procure sempre um lugar elevado para estacionar; Águas de inundação são pesadas e violentas. Mesmo que você saiba nadar, não se arrisque em travessias ou brincadeiras. Apenas 15cm de água em movimento podem derrubá-lo, e 30cm de água em movimento são suficientes para arrastar o veículo; Se estiver fora de casa, em um local seguro (escola/empresa), permaneça e avise sua família que está em segurança. O que fazer depois: Não volte para casa até as águas baixarem e o caminho estar seguro; Tenha cuidado: procure por trincas e estufamento nas paredes, para verificar se sua casa não corre risco de desabar; Remova a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios e lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da inundação; Bebidas e alimentos que tiveram contato com as águas da inundação devem ser descartados, pois podem estar contaminados; Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados; Após as águas baixarem, faça a limpeza usando botas e luvas de borracha. Animais peçonhentos podem estar escondidos em sua casa. O que provoca os alagamentos? Na avaliação de representante da prefeitura e uma professora da Unicamp, os alagamentos são problemas que, diante das mudanças climáticas e da atual estrutura da metrópole, com solo impermeabilizado e galerias antigas, podem se agravar nos próximos anos. "Esses alagamentos que ocorrem na Princesa d'Oeste, Norte-Sul e Orosimbo Maia se dão por conta de uma quantidade muito grande de chuva que cai em muito pouco tempo. A média histórica para outubro em Campinas é de 110 milímetros. (...) choveu 80mm, ou seja, quase a totalidade do mês inteiro caiu em muito pouco tempo", destacou Ernesto Paulella, secretário de Serviços Públicos. Segundo Paulella, a região foi muito impermeabilizada, com muitas áreas asfaltadas, onde praticamente não há infiltração da água no subsolo, e toda a água da chuva corre para os canais, formados por galerias antigas, projetadas para a média histórica. "As redes não suportam essa quantidade de água no período muito pequeno, por isso o alagamento", diz o secretário. Avenidas da região central de Campinas ficam embaixo d’água CIMcamp Gabriela Celani, professora da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, enfatiza o cenário de mudanças climáticas agrava um problema que já existia. "Não tem como negar que a gente está vivendo um período de mudanças climáticas extremas. O padrão de chuvas se alterou claramente nos últimos anos. Em vez de chuvas mais distribuidas ao longo do ano, elas estão se concentrando em pequenos períodos, e agrava um problema que já existia. Não tem como um córrego dar vazão a uma chuva tão intensa em tão pouco tempo", explica. Assim como o secretário municipal, a professora da Unicamp destaca a questão da impermeabilização do solo como um agravante para os alagamentos. "Antes de a cidade estar aqui, esse solo tinha uma cobertura vegetal, ele podia receber essa chuva e absorver, impedindo que grande parte dela se dirigisse rapidamente às linhas de drenagem, que são os córregos", detalha Gabriela. O que pode ser feito? De acordo com a Prefeitura, obras de piscinões, o primeiro deles em andamento, devem amenizar os impactos na região do ribeirão Anhumas, que provoca os alagamentos entre as avenidas Princesa d'Oeste, Norte-Sul e Orosimbo Maia - a entrega é prevista para 2026. "Esse piscinão representa 80% do problema de inundação da Princesa e Norte-Sul. A conclusão é prevista para 2 anos. Até lá nós viveremos, infelizmente, essa situação", disse Paulella. Campinas autoriza início das obras do plano antienchente e prevê 1º piscinão entregue em julho de 2026 Questionada sobre outras ações para minimizar impactos das chuvas, a Prefeitura de Campinas informou que realiza, além das obras antienchente, trabalhos de limpeza em bocas de lobo, desassoreamento do piscinão da Norte-Sul, manutenção dos córregos, treinamentos da Defesa Civil, monitoramento de áreas de risco, pavimentação e drenagem e podas de árvores. Placa com sinalização sobre alagamento em Campinas PMC/Arquivo VÍDEOS: confira outros destaques da região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2024/10/29/pontos-de-alagamento-crescem-26percent-em-dois-anos-e-campinas-cita-acoes-dos-temporais-como-justificativa-veja-locais.ghtml


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